quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tenho passado, relativamente, bem esses dias. Digo relativamente, porque é óbvio que estou apreensiva, afinal vou fazer uma cirurgia pela primeira vez e é uma cirurgia longa! Mas também tenho passado dias tranquilos e de bem estar.

Ontem fui à igreja com uma amiga. Peguei um táxi, a igreja era quase no Recreio, não chegava nunca, começou a chover, fiquei meio receosa no táxi, medo de um temporal, quase desisti de ir. Cheguei lá, encontrei uma colega que trabalhou comigo no Pnaic, sabia que ela estaria lá, pois é amiga da Cláudia que é minha amiga. A Cláudia chegou um pouco atrasada, enquanto ela não chegava, fiquei com a Jacqueline. Houve um momento em que o pastor disse, "quem está enfrentando um problema de saúde venha aqui na frente". A Jacqueline de uma forma super delicada, me disse, "vamos lá, eu vou lá com você", foi me dando a mão, ficamos na frente da igreja, misturados a muitos que também enfrentam problemas de saúde, em prece juntas, em oração, com a certeza de que ela dividia comigo seus bons pensamentos e energia. Sim, compartilhar, por vezes, é muito bom.

 No fim do culto, a Cláudia e a Jacqueline me levaram para conversar com o pastor e rezar pela minha cirurgia. Depois conversamos, a Jacqueline me disse, "dia 01/09 estaremos em oração, não é Cláudia?!". Achei de um cuidado e delicadeza enormes. A Cláudia é minha amiga faz um tempo e sei o quanto é bondosa . Meu contato com a Jacqueline sempre foi bem distante, por isso não vou esquecer da forma protetora e empática como me tratou.

No final, vi o quanto foi bom não ter ficado com medo do temporal e ter ido. Pensei muito em como as coisas nos assustam e de como, muitas vezes, a gente se esquiva e deixa de fazer coisas simples por medo. Espero que assim seja também com a cirurgia. Curiosamente, o pastor falou muito de superação de doenças e tal.

Estou vivendo dias de enxergar a solidariedade das pessoas. Dia desses também mandei um e mail para a enfermeira do meu médico. Pois tenho algumas dúvidas e acho a Ingrid um amor de pessoa, como sempre a resposta dela me alegrou. Lembro como se fosse hoje, da primeira vez que a vi. Ela é bonita, tem um cabelão, jovem, daí pensei, "ainda bem que o meu médico não é ela - achei que ela fosse médica - pois muito bonita, nova, não deve ser boa. Depois de uns minutos, ela me chamou, foi aí que entendi que todos os pacientes antes de entrar na sala do médico, passam por uma triagem com a enfermeira e eu entrei na sala meio aborrecida. Mas ela foi tão fofa e humana que quebrei a cara com a minha primeira impressão.

Tenho me surpreendido com a generosidade das pessoas e frequentado muitas religiões, tentado tirar o melhor de todas elas. Todas as formas de conversar com Deus são importantes nesse momento, pois só estão me trazendo mais conhecimento e tranquilidade para passar por tudo isso com aceitação, de forma mais leve




2 comentários:

  1. É verdade Clarissa, também sinto o mesmo. Quando estamos a passar por um processo como este, valorizamos muito mais a ajuda das pessoas, ficamos tão gratas! Parece que o coração se abre de gratidão e ficamos assim invadidas de um sentimento profundo de reconhecimento... Todos precisamos muito uns dos outros, não é? E nestas alturas sentimos isso com mais intensidade...
    Um grande beijinho e vai tudo correr bem! Estou a torcer por ti.

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