terça-feira, 1 de agosto de 2017

De vez em quando, devíamos sair de nossa zona de conforto, nem que seja fazendo algo que nunca se fez ou indo a algum lugar novo, diferente. Passei as férias em Pernambuco, fui a Fernando de Noronha. Resolvi que tinha de mergulhar, pois em Noronha é um dos melhores lugares do mundo para se fazer isso. Não lembro de ter tido o desejo de mergulhar em algum outro momento da minha vida, antes dessa viagem .Porém, sabia que tinha de experimentar isso,  era uma oportunidade , talvez se não tivesse ido para lá, não teria feito.

O fato é que queria , mas tinha um pouco de medo. Horas antes de mergulhar, pensei comigo, por que tenho de passar por esse frio na barriga? Não poderia ter ficado apenas pegando uma prainha, contemplando as belezas do lugar? Bem, poder, até poderia, mas quando mergulhei agradeci por ter conseguido ir além disso. Olhar o fundo do mar, conhecer os animais marinhos de pertinho e seu habitat foi de grande emoção. Quando estava no fundo do mar, agradeci muito pela oportunidade de poder viver isso, aquilo que dinheiro nenhum é capaz de comprar. Valeu por cada frio na barriga! Isso também me fez pensar em como é importante enfrentarmos as situações que nos deixam com medo, para atingirmos uma plenitude. Poderia falar muito mais sobre a viagem , pois é uma ótima oportunidade de refletirmos mais sobre a vida, porém fica para um próximo post.

Dia 28/07, logo que voltei de viagem, fui tomar a 23 injeção de zoladex, antes disso passei na Fundação Laço rosa para doar a minha peruca. Fui recebida pela Magali. Ela lembrou da vez em que a encontrei na rua, disse que meu cabelo está bem grande. Fez questão de tirar foto comigo e a peruca, convidou-me para o evento que teria mais tarde lá, porém, como tinha de ir ao Coi, não tive paciência para voltar.

Fui fazer o meu tratamento , dessa vez em Botafogo, fiz com a enfermeira Camila , a que fez a minha 6 quimioterapia. Ela me contou que a mãe dela teve câncer de mama, e ela quem fez a quimioterapia da mãe. Muitas vezes, quando a gente tem um problema, parece que ele é único ou quase isso, de repente, descobre que aquela pessoa simpática, sorridente, também carrega tantas histórias fáceis, difíceis, de superação. O que importa é que a mãe dela está bem. Não toma zoladex, porque já estava na menopausa quando teve o CA.

Comentei com ela sobre a minha expectativa de acabar com o zoladex mensal e passar para o trimestral, também disse que , ao mesmo tempo, que queria que isso ocorresse,  ficava apreensiva. Ela disse que quem toma o zoladex trimestral recebe uma dosagem mais alta e no final das contas dá no mesmo. A única diferença é que é mais prático, pois não precisa ficar indo de 28 em 28 dias. Ela disse que o médico só prescreve a injeção trimestral, caso o paciente tenha muita positividade em estrogênio. Sei lá, só irei saber disso em outubro.

Mudando de assunto, hoje fui fazer avaliação do braço operado com o fisioterapeuta. Ele disse que o movimento do meu braço operado é um pouquinho diferente do outro, bem pouco , isso se dá por causa dos pontos que levei,como se eu tivesse pouca pele para esticar. É comum isso acontecer com quem opera. A boa notícia é que com fisioterapia isso pode melhorar.

Ele disse que as sessões levarão trinta minutos apenas, será com compressa de água quente, depois farei alguns exercícios e gelo. Provavelmente, com dez sessões estarei recuperada . Provavelmente!


Fiquei emocionada ao entregar a peruca










Muito feliz por estar viva e entrar em maior conexão com a natureza

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