segunda-feira, 29 de junho de 2015

Consulta ao oncologista

Hoje a consulta foi ótima! Dr. Mauro disse que reagi muito bem ao Taxotere. Encaminhou-me ao mastologista, lá para o dia 14 de julho, para me examinar e avaliar sobre a operação. Vamos torcer!!! Se a ordem das coisas for essa, só volto ao oncologista em agosto.

Fiquei bem feliz hoje por tudo estar correndo bem , agora é paciência, fazer tudo que for necessário para não precisar passar mais por isso. Já cheguei até aqui, quero fazer tudo com bastante tranquilidade e paciência.

Amanhã farei minha oitava quimioterapia. Como já disse, estou feliz por ter chegado até aqui. Hoje também faz cinco meses que iniciei a quimioterapia, mais ou menos, cento e cinquenta dias. Dias de muita aprendizagem, momentos difíceis, outros nem tanto, algumas situações que dão até vontade de rir e outras de chorar. Mas o que importa é o daqui para frente que a prioridade será a saúde.

Esses dias também contei para uma colega de trabalho sobre meu tratamento, ela não sabia que estava passando por isso e como manda mensagem sempre para mim, senti vontade de falar. Foi ótimo! Encontrei também no domingo uma amiga de infância que contei a ela recentemente. Aos poucos, a gente vai aceitando mais e aprendendo a lidar, falando mais. Lembro que quando via meu nome atrelado à quimioterapia, me doía um pouco, sei lá, era muito estranho, era como se não acreditasse que era comigo. Hoje já não causa estranheza ou não causa tanta, não sei.

 Esses dias, li em um blog que a menina teve CA também aos 33 anos e ela dizia que se perguntava, Mas por que tão cedo? Será que foi por que comi muito no MC Donald´s ? E é essa sensação inicial, parece que algo deu errado ou você fez algo errado no decorrer de sua vida. Depois que a gente começa a aceitar isso tudo, parece que se liberta um pouco dessa "culpa". Outro dia, vi no COI um grupinho de uns três ou quatro senhores, deviam ter mais de cinquenta anos, todos conversando como se fosse um grupinho de amigos. Um falava, " eu posso comer de tudo, porque o meu foi tipo tal"; o outro dizia, "eu só tenho que evitar tal coisa". Achei fofo, porque é quase uma reviravolta, tinha tudo para ser pesado, mas eles conversavam de forma leve que dava até vontade de participar. Enfim, com a aceitação é mais fácil ver de forma leve.

Quantas divagações, retornando ao assunto! Conversei muito também com a enfermeira Ingrid. Algumas vezes, dizia para ela que gostaria que acontecesse tal coisa, mas depois dizia, mas se não acontecer dessa forma, que seja o que for melhor para a minha saúde. Por mais que a gente acabe tendo um pouco de pressa para desinchar o rosto e a barriga, recuperar cabelo, sobrancelha e cílios e  reconstrução do peito, nada se compara a estar com boa saúde.

Então que amanhã venha mais uma dose do remedinho da cura.

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